Amanda não vai embora
Sentada no sofá, acaricia seus lábios. Levanta sua perna esquerda que apoia com seu pé. Seu joelho vem parar perto de seu queixo. Com a mão direita, faz caracol em seu cabelo, só por arte, para deixar cair o rolo feito de quando em quando. Seus olhos são como uma imensidão perigosa. Um lago parado e profundo que cintila o que você não alcança ver. Neles existe algo que me deixa a pensar em seu significado. Viceja um ar por entre os dois que nunca desvendei. Meus pensamentos mandam meus olhos para seus lábios e vejo mel. Distribuídos para fascinar e fazer mal. São de um tamanho que de discreto nada tem, de tanto que chama outros. Beber deles é encontrar um mestre para todo sempre. Eu a amei com todas as minhas forças. Não tenho ideia de por que aconteceu. Em minha mente não havia problema. O pior de tudo é a certeza de nunca saber a verdade. Não é justo! Agora penso mil coisas e só passo mal por conta de tal silêncio. Pensei em fazer o mesmo. Talvez seja minha única saída. Alg