Eu nunca fui bom.
Eu era visto como um aluno problema. Não me interessava pela didática aplicada no colégio Santo Irmão, mas a minha mãe achava que eu devia estudar numa escola tradicional, cheia de regras e renomada. Ela queria que o meu uniforme escolar fosse reconhecido em todos os cantos. Eu não sei as razões que faziam com que ela pensasse esse tipo de coisa, mas o fato é que olhando por esse lado, eu estava no lugar certo. No entanto, eu sabia que essa presepada não rolaria. O professor Josepe, era o único que pensava em mim com carinho, embora houvesse reprovado com ele, eu tinha consciência de que ele não poderia me passar de ano, porque eu entreguei a minha prova toda em branco. Quando a gente conversava, ele era o único que conseguia entender que o meu interesse estava focado em literatura. Acho que ele respeitava o fato de que eu não curtia as mesmas coisas que os outros. Afinal, ninguém é igual a ninguém. Eu dividia o quarto com dois sujeitos interessantes. O Miguelangelo era uma bo...