O último gole de conhaque
Fazia um
frio doido. Ele olhava pela janela enquanto os demais quebravam o bar inteiro. Nem
mesmo sabia o motivo. E tinha um desinteresse enorme em descobrir. Sentia uma
sensação de preguiça. Quem sabe, até mesmo uma espécie de desamor. Não sabia ao
certo. O importante era preservar aquele último gole de conhaque. Sua manhã fora
longa, sua tarde seria mais longa ainda. E mesmo sabendo que a noite haveria de
chegar não conseguia pensar em outra coisa. Tudo o que queria era a sua
poltrona e a sua máquina de escrever.